Internet via satélite da SpaceX gera preocupação entre os militares brasileiros
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Cinco pedidos de licenças de empresas que planejam oferecer internet via satélite no Brasil estão sendo analisados pela Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações. Entretanto, os projetos têm preocupado os militares brasileiros.
O motivo dessa angústia é que as companhias devem lançar, pelo menos, 4.800 satélites de baixa altitude para disponibilizar internet em locais fora do alcance das operadoras de telefonia e fibra ótica. Entre as empresas envolvidas estão SpaceX, Kepler, OneWeb, Swarm e Lightspeed.
Somente a empresa de Elon Musk pretende lançar mais de 4.400 satélites que sobrevoarão o país. Para isso, planeja um investimento de US$ 30 bilhões até 2029 na construção da Starlink - uma rede de equipamentos espalhados ao redor do planeta a uma distância de aproximadamente 570 km do solo.
Esses equipamentos podem permanecer na órbita terrestre por até 10 anos. Cada volta ao redor do planeta dura, no máximo, duas horas. Durante o percurso, os equipamentos manterão as conexões de internet pelos países, por meio de um revezamento permanente entre eles.
Embora o Ministério das Telecomunicações avalie positivamente o avanço da tecnologia, os militares demonstraram certo receio em relação à chegada dos satélites.
Segundo os Técnicos da Agência Espacial Brasileira (AEB), uma rede tão ampla de equipamentos de baixa altitude pode interferir no lançamento de foguetes e satélites na Base de Alcântara (MA).
Além disso, os militares temem a interferência da nova tecnologia no satélite geoestacionário brasileiro SGDV, lançado em maio de 2017 e utilizado para fins de segurança nacional.